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domingo, 31 de maio de 2015

Poeta Iguaiense lança livro na Câmara de Vereadores de Iguaí dia 05-06-2015, Sexta Feira, às 19:00 h


Foto de Kacau Novaes.
Cacau Novaes exibe seu Livro Os Poetas Estão Vivos
DJ Jhon Lopez, Movimento Cultura Livre, Letra & Som, Braulito Novaes,

Juliano Madeirada,

Poesia & Cia., Grupo de Hip Hip G2, Terno de Reis de Joaquim Lacerda,
 Gustavo Felicíssimo,

Exposição de fotos de Sergio Mattos Quarenta Graus.

Lançamento do livro "Os poetas estão vivos", de Cacau Novaes (Editora Mondrongo), com apresentação de Rita Santana e prefácio de José Inácio Vieira de Melo.


05 de junho -19:00 h - Câmara de Vereadores de Iguaí.
Transmissão ao vivo pela Iguaí FM (on-line pelo site www.iguaimix.com), com apresentação de Ronecson Gomes e Joedna Oliveira e comentários de Luan Soares.

Cobertura completa pelo Iguai Mix.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Médico, Dr. Arnaldo Teixeira, ex-deputado estadual de Itapetinga morre em Vitória da Conquista

Médico e ex-deputado estadual de Itapetinga morre em Vitória da Conquista Comente agora - Comente esta matéria Publicado em:Bahia, Destaques, Notícias, Tempo Real Faleceu na tarde desta terça-feira (12), o médico urologista, Arnaldo Teixeira. Segundo o seu colega médico, o cirurgião Marcelo Gomes, Dr. Arnaldo estava caminhando em um dos corredores do Hospital São Vicente – onde iria acompanhar uma cirurgia. Sentiu uma forte dor de cabeça e veio a óbito após atendimento médico naquela unidade hospitalar sem êxito. (Foto: Jornal Dimensão) (Foto: Jornal Dimensão) Segundo informações, em passado recente, Dr. Arnaldo Teixeira foi submetido a uma cirurgia no tórax para implantação de uma prótese na aorta para correção de um aneurisma. Ele foi deputado estadual em 94/98 e goza de grande prestígio na cidade de Itapetinga e toda região Sudoeste.

domingo, 20 de abril de 2014

Novo cartão de memória microSD da Toshiba é 10 vezes mais rápido

(Foto: Reprodução)



A Toshiba apresentou nesta semana um novo cartão de memória microSD que grava e lê muito mais rapidamente que os outros da sua categoria. É, segundo a empresa, o mais rápido já criado.

O cartão está disponível em versões de 32 GB e 64 GB, estes últimos capazes de ler a uma velocidade de 260 Mbps e gravar a 240 Mbps. Já os de 32 GB têm taxas de 145 Mbps (8 vezes melhor que os cartões atuais) e 130 Mbps (2,7 vezes melhor), respectivamente.
Câmeras grandes não enfrentam problemas de velocidade, mas as menores, que dependem de cartões pequenos, sim, por isso a criação da Toshiba pode ser uma boa solução para quem trabalha com produtos compactos, como smartphones.

Greve da PM = A Verdade está vindo à tona

Ariston Matos 
via   Jones Carvalho.
A verdade está aparecendo.
Prisco foi julgado dia 15/04 terça-feira em Brasília por vários crimes de segurança nacional relativos a greve de 2012. Ele ja sabia do resultado do julgamento de Brasília, espertamente em ato de desespero e para confundir a população, deflagrou a greve no mesmo dia a noite. Principal solicitação dos comandantes da greve: anistia total dos crimes de 2012. Sem sucesso, voltaram, pois o processo é federal e o estado nada pode fazer. O Prisco tentou não ser preso e ainda colocar a culpa no estado. Em Brasília as noticias são essas, um dos motivos do ministro da justiça vir até Bahia e o governador não dispensar a guarda nacional e que eles já esperavam essa revolta da polícia. Prisco vai dormir na papuda, como dizem por aqui, lembro bem do terror que foi em 2012...
Agora começamos a entender a greve. Tudo foi milimetricamente planejado para tentar não ser preso e o louco do cap. Tadeu deve estar no bolo. Usaram a corporação, colocaram a população em risco e ainda tentaram manipular politicamente. Mas a mentira não dura pra sempre.

Greve PM: Eliana Calmon afirma que líderes podiam ser presos e Capitão Tadeu recua

Foto: Blog do Anderson
Foto: Blog do Anderson
Capitao Tadeu,
Atendendo à solicitação de Vossa Excelência sobre a origem da prisão de Marco Prisco, informo que após consultar o Presidente do Tribunal Regional da 1ª Região, Desembargador Mário César Ribeiro, o Desembargador Almilcar Machado, plantonista do mesmo Tribunal e finalmente, o Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, verifiquei que a prisão do Vereador indicado decorreu da Prisão Preventiva decretada pelo Juiz Federal condutor da ação penal a que responde o edil, em deferimento, a pedido formulado pelo Ministério Público Federal do Estado da Bahia, diante das provas entregues ao Magistrado comprovando o envolvimento do acusado em novas manifestações da greve da Polícia Militar da Bahia, deflagrada no último dia 15 do corrente mês e ano. Assim nada há de novo no fato ensejador da Prisão Preventiva senão a determinação de custódia de um réu em processo antecedente, sem qualquer envolvimento político ou intervenção do Governo ou outra autoridade qualquer da Bahia. Quero esclarecer a Vossa Excelência que a situação de Marco Prisco só pode ser solucionada no âmbito da Justiça Federal, mediante Habeas Corpus examinado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Solidariedade ou parceria no sentido de haver um reposicionamento da Justiça inexiste e a retomada de greve por parte da Polícia Militar é absolutamente impertinente neste momento porque esse acontecimento impedirá o exame de um possível Habeas Corpus, podendo ocasionar a prisão de líderes do movimento, agravando a solução do problema. Assim, Capitão, a melhor solução para o problema, não está no aquartelamento das forças policiais, porque não decorreu a prisão do descumprimento pelo Governador do acordo anteriormente assinado. Aliás, não poderia ele acordar sobre os processos em andamento na Justiça.
Atenciosamente, Eliana Calmon

sábado, 19 de abril de 2014

Crônica do escritor iguaiense José Maia sobre os brinquedos infantis de ontem e de hoje.

José Maia

Brinquedos de Ontem e de Hoje

       Hoje ao ver verdadeiras montanhas de brinquedos, de todos os tipos, gostos e preços, para alegrar as nossas crianças me vem a feliz lembrança dos meus tempos de menino lá na minha velha e saudosa Ibiporanga, no município de Iguaí. Era uma vila pequenina mas muito gostosa de se viver! Éramos dezenas de meninos e meninas naquele reino de felicidade a desfrutarmos inocentemente do nosso mundo encantado. Como nos sentíamos bem! Quanta felicidade, na singeleza daquilo que tínhamos disponíveis em nossas mãos, e como cuidávamos com todo o nosso amor de criança.

       Hoje faço comparações ao ver como se empenha a indústria de brinquedos para entretenimento da criançada. Nós naquela época fabricávamos, criávamos, sendo que os mais hábeis tinham o privilégio de ganhar ainda algum dinheirinho com a venda do que produziam e assim o nosso mercado estava sempre garantido. 

       Tínhamos o boi de osso , o cavalo de caco de telha, a bola de meia, a bola de bexiga, o cavalo de pau, a bola de mangaba (esta quando os catingueiros vinham comercializar na região das matas e traziam para nos vender). Tínhamos também a boneca de pano muito bem feita por mãos de seda, os piqueniques e aniversários de mentirinha, também assim as escolinhas de faz de conta, cujos cadernos eram folhas de mamoneira e os lápis eram espinhinhos de laranjeira. Difere muito dos tempos de hoje, mas o espírito é o mesmo de sempre: a alegria infantil !!!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Notícias de Iguaí : Tarde de Autográfo do livro Rios de Memórias, hoje, 16 de Maio de 2013, a partir das 16:00 horas

Notícias de Iguaí : Tarde de Autográfo do livro Rios de Memórias, hoje, 16 de Maio de 2013, a partir das 16:00 horas

Tarde de Autográfo do livro Rios de Memórias, hoje, 16 de Maio de 2013, a partir das 16:00 horas.

A escritora Ana Angélica Matos Rocha  convida todos os iguaienses para a Tarde de Autógrafos do livro Rios de Memória que acontece hoje a partir das 16 h na Biblioteca Pública Eulina Assunção Novaes em Iguaí - Bahia.
Sobre o livro ela declarou:
 - O livro conta recortes da minha infância e juventude em Iguaí. Explora, em uma linguagem  coloquial minhas andanças pelos Rios da cidade e retalhos de vidas das pessoas que vivem eternamente na minha memória.
CONVITE TARDE DE AUT€ ¦’  € ¦¦ÓGRAFO EM IGUA€ ¦’  € ¦¦Í (500x334)
Local: Rua Monteiro Lobato, 174 – Iguaí-Bahia (Biblioteca Municipal Profª Eulina Assunção Novaes)
Data: 16/05/2013
Horário: 16:00h

Um pouco da história da escritora Ana Angélica Matos Rocha Gonçalves
Casada, mãe de três filhos, avó de dois netos e duas netas. Sessenta e sete anos. Natural de Iguaí-Bahia. Atualmente reside Feira de Santana, Bahia, Brasil. Professora (aposentada pela Universidade Estadual de Feira de Santana). Atualmente, ocupa o tempo com a pintura em tela, e escrevendo. Lançou recentemente minhas memórias de infância e já começou o esboço do que será um "Diário de Bordo". Na área de Educação, tem ainda livros e artigos publicados.
Fonte: http://br.dir.groups.yahoo.com/group/iguai/message/14538
http://www.iguaibahia.com.br/tarde-de-autografos-do-livro-rios-de-memorias/



Inauguração da Biblioteca Pública Municipal de Iguaí que recebeu o nome da Professora Eulina Assunção Novaes

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Lael Menezes é candidato a Vereador em Iguaí

Apoiado por seu irmão Guilherme Menezes (Prefeito de Vitória da Conquista) e principalmente pelos amigos, Lael Menezes é candidato a Vereador em Iguaí Ba, pelo PT, número 13       . Ele merece nosso voto por ser uma pessoa totalmente dedicada ao bem público e às pessoas. ( Na foto com Adoniran Cunha e                             )

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A BAHIA SÃO VÁRIAS


A BAHIA SÃO VÁRIAS

José  ndido Oliveira Silva*
Sinto-me tomado por um misto de tristeza e indignação e, ao mesmo tempo, estimulado e desafiado a penetrar num campo polêmico para abordar a nossa identidade cultural, pois o que vem sendo apresentado como cultura da Bahia me incomoda. Sei que há especialistas, respeitáveis conhecedores deste tema, que o conhecem com maior embasamento técnico-científico do que eu. Mas, enquanto suas manifestações não chegam ao destino ou não são atendidas,estou aqui também, como simples cidadão, fazendo a minha parte. Não tenho ligação com nenhum partido político e sinto-me totalmente à vontade para expressar a minha indignação e opinião sobre um dos mais importantes elementos de formação de um povo: a sua identidade cultural.
Anos atrás, quando uma pessoa do interior pretendia ir à Salvador, capital do Estado da Bahia, dizia: “eu vou à Bahia”. Era um evento de muita importância, quase uma aventura, que somente alguns podiam fazê-lo.Uma viagem para um lugar distante,de muitas novidades, encantamentos e quase imaginário. Um mergulho no mundo civilizado.
Por ser a capital do Estado, Salvador certamente, naquela época, gozava de muitos destes atributos, ao contrário do interior longínquo, desprotegido, rústico e inóspito. Esta dualidade, que perdurou por bom tempo, hoje não existe mais. As estradas, telefone e principalmente a internet colocaram o interior no contexto globalizado, interagindo com a capital do Estado e com o mundo. Não se diz mais que “vai à Bahia” quando deseja viajar para a capital do Estado. Simplesmente se diz que vaia a Salvador. O mundo mudou muito, para melhor.

Mas, os nossos governantes bem acomodados e instalados com muita pompa na capital do Estado, ainda enxergam o interior como longínquo e inóspito. Talvez, isto explica o estado de abandono em que se acham as nossas raízes culturais, especialmente aquelas espalhadas pelos quatro cantos da Bahia, sem falar, é claro, de áreas como infraestrutura, educação e saúde.
No seu espaço geográfico de 567.295 km2 de área, o Estado da Bahia foi dividido para fins de estudo de sua economia em 15 regiões todas elas com características próprias quanto aos fatores econômicos. Isto nos permite aventar que estas regiões apresentam, também, distintas raízes culturais que merecem ser estudadas e respeitadas dentro do contexto cultural do Estado da Bahia.
A formação étnico-cultural, com origem principalmente nos índios, negros e brancos, forjaram e moldaram a nossa base cultural tendo hoje os  caboclos e  mestiços como  elementos  resultantes e fundamentais  para preservação da nossa identidade, por carregarem os traços culturais da mistura de raças.
Ao longo de muitos anos, e ainda hoje, a Bahia sofreu e sofre um descaso cultural que nos entristece e desalenta. Nossos governantes jamais respeitaram e ainda não respeitam nem dão o devido valor e atenção à ampla miscigenação da nossa população e sua distribuição no espaço geográfico da Bahia.
Este equívoco histórico com a Bahia já causou danos à cultura negra e a toda cultura baiana ao jogar para escanteio características fundamentais dos nossos traços africanos e demais grupos étnicos que estão pulverizados por todo o território do Estado da Bahia. Nossa cultura agoniza diante deste canibalismo cultural promovido em nosso Estado pela inércia e passividade dos governos, tendo como ponta de lança a exacerbação do axé e a ignorância em relação à nossa diversidade cultural.
Ao contemplar os grupos carnavalescos de Salvador, apoiando-os nas suas iniciativas, cujas alegorias remetem quase sempre à cultura negra, os nossos políticos deitam-se numa cômoda e confortável posição. Entendem eles que, prestigiando a cultura negra através dos grupos afros da capital do Estado, estão política e socialmente corretos, portanto, merecedores de dividendos políticos e imunes às críticas. Consideram-se os promotores de um grande feito e logo se inflam diante das câmaras de TV para anunciarem, em rede nacional, o quanto estão prestigiando a cultura da Bahia.
Passam anos e mais anos e “a Bahia de Mãe-Preta, de Caboclo e Pai João”, de extraordinárias riquezase raízes históricas, vai perdendo, paulatinamente, sua identidade cultural.
Não somos contra o Axé ou qualquer ritmo musical.  Ao contrário, estamos indignados com a desatenção para coma preservação das formas de expressão dos  nossos antepassados,  representados através de ritmos ou qualquer outra forma.
Como sabemos, os traços culturais de cada grupo étnico são definidos pelas suas características intrínsecas e pelo ambiente que ocupa no espaço geográfico. Assim, entre as comunidades negras da Bahia podemos encontrar diferenças sutis em seus traços dependendo onde se localizam,emSalvador,  no Nordeste do Estado ou Chapada Diamantina,  por exemplo.
Podemos imaginar, então, o quanto perdemos ao longo dos anos em valores culturaisadvindos dascomunidades negras e demais grupos étnicos,distribuídos por todo o Estado da Bahia,por serem ignorados, anulados, destroçados e destruídos pela indiferença, passividade e ignorância de sucessivos governos. 
O artesanato, de invejável criatividade, desapareceu do nosso meio e deu lugar aos produtos industrializados maquiados de artesanatos sem artesão. Não se vê mais entre nós as rendeiras, as bordadeiras nem as nossas tecelãs de inigualáveis habilidades no manuseio do rústico e eficiente tear,muito utilizado, no passado, no aproveitamento dos capuchos de algodão paraconfecção de tecidos.
Os nossos violeiros, cantadores, repentistas e trovadores, desapareceram abafados pelo descaso, deixando sem voz a beleza do “sertão da mulher séra e do homem trabaiador,”como canta Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
 A literatura de cordel, muito presente entre nós, até quatro décadas atrás, partiu sem se despedir, sem falar da culinária do sertão, dos biscoitos e quitutes das nossas prendadas e dedicadas mulheres sertanejas.
Os tropeiros, verdadeiros e legítimos desbravadores e conquistadores do nosso território, fundaram vilas e cidades. Transportaram mercadorias, riquezas e informações. Isto não obstante, foram relegados ao esquecimento por capricho, não deixando rastros nos caminhos e nem sequer um pequeno manuscrito fazendo-lhesreferência.
A utilização da cerâmica para fabricação de utensílios domésticos, uma especialidade das mulheres negras do Estado da Bahia, simplesmente soverteu. As cavalgadas e procissões estão sem sentido e nossas Folias de Reis, uma das mais lindas expressões do nosso povo, estão sem meios e forças para sobreviver.
O São João em nosso Estado foi nocauteado pelo desprezo à nossa cultura e jaz agonizante ao som das esfuziantes bandas de axés e forrós eletrônicos. Estou antevendo o dia que será necessário viajar para Pernambuco ou Paraíba para assistirmos um autêntico São João ou para dançarmos um verdadeiro “Forró Pé de Serra”.
Esta visão displicente e de menor importância para com as nossas raízes vem colhendo como resultado um desastre cultural que envergonha os baianos perante aos demais estados nordestinos, especialmente Pernambuco, onde a política do Estadotem demonstrado quecontempla,  com muita ênfase e no mesmo pé de igualdade, todas as vertentes culturais.
Na Bahia, a TV estatal, um grande patrimônio do povo à disposição do Governo, fica muito a desejar no seu verdadeiro papel de prestigiar e difundira nossa cultura.
O que se vê na TV Cultura e nas TVs comerciais é uma verdadeira apologia aos eventos da Capital do Estado. O interior, onde a diversidade cultural é mais ampla, permanece com a mesma política do descaso e desprestígio, servindo apenas para carrear votos da população na época das eleições.
A tradicional políticacentralizadora dos governantes do Estado da Bahia,que não dáa devida atenção para com as demandas socioeconômicas e culturais do Estado,suscita de modo recorrente,de algumas regiões, apelos para desmembramento do Estado,tendo como bandeira, quase sempre, a falta de atenção do Governo para seus pleitos regionais incluídasai as suas tradições culturais.
Bom seria se os nossos governantes tomassem como referência o Estado de Minas Gerais que administra com competência e zelo um grande patrimônio culturalque se estende por um vasto território como a Bahia. Assim, talvez, pudéssemos aprender firmar melhor o conceito de cultura, além de difundir, prestigiar e preservar os traços históricos dos nossos antepassados.
Do vale do Jequitinhonha, próximo à Bahia, aos limites com São Paulo e Rio de Janeiro; da divisa com o Espírito Santo até o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, um estado cercado por fortes e tradicionais raízes históricas, preservasuas tradições como parte da boa cultura mineira, fortalecendo-a a cada dia.
Em Minas,os negrosmarcaram forte presençano período da mineraçãoe em toda sua história. Como a Bahia,Minas Gerais conta,além dos negros, com índios, brancos, caboclos e mestiços na composição da sua identidade cultural de consistência ímpar. Neste Estado ascaracterísticas de todos os grupos étnico são respeitadas, prestigiadase difundidas  através de eventos,  meios de comunicação como a  TV cultura,  TVs comerciais locais, além da promoção de encartes em Tvs comerciais em nível nacional.
Minas Gerais não é apenas Belo Horizonte: é o barroco, é samba, folia de reis, congado,viola, violeiros, tropas, tropeiros, quitutes e quituteiras, calangos e catiras,além da cultura são franciscana,  entre outros.
Minas cultua todo o seu espaço geográfico. Prestigia e colabora com imparcialidade com todas as cidades do interior e se preocupa em manter as características culturais dos grupos étnicos espalhados por todo território mineiro. Esta forma como trata a cultura no Estado explica porque ainda hoje estão preservados os diversos traços culturais forjadores do povo mineiro.
Em Minas Gerais, por certo, há negligências, mas, se estivéssemos no seu patamarem relação ao tratamento dispensado à cultura, certamente, a nossa indignação e de todos aqueles que comungam conosco seria menor.
A minha Bahia e de todos os baianos não é apenas a Bahia de Euclides da Cunha, de Jorge Amado, de Dorival Caymmi, do Recôncavo, de Salvador e da Chapada Diamantina. Ela é tudo isso e muito mais. A Bahiaverdadeira se estende por900 km de costa e pelas terras ao longo do grandioso e maltratado Velho Chico e do Além São Francisco.Penetra pelasSuas lindas planícies do Oeste cortadas por  rios caudalososque vão ao encontro do longínquo horizonte da Serra Geral, na divisa com o Estado do Tocantins e seu Sudoeste entrelaça-se  com o Norte de Minas, num fraternal abraço, através dos  Sertões e Geraisda Bahia, lembrados por Guimaraes Rosa.
A cultura é assunto de suma importância e a ela deve ser dada especial atenção pelos nossos governantes por representar a formação da identidade cultural do povo brasileiro. Não é sem razão que mereceu destaque na Constituição Federal de 1988nos seus artigos 215 e 216 que fazemos questão de transcrever:
 Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; (...)
Quando observamos o horizonte cultural da Bahia sentimos a ausência de olhares mais atentos para as coisas da nossa terra.  O orgulho de ser baiano cada dia vai se esvaindo e a exaltaçãoc às enigmáticas afirmativas como: “baiano é preguiçoso”; baiano só trabalha pela manhã”; “ na Bahia não se trabalha”, “onde já se viu baiano trabalhar?”,  entre outros, muitas vezes compartilhadas pelos próprios baianos, tornam-se mais presentes.Como se diz, as mentiras de tanto serem repetidas,acabam virando verdades no imaginário das pessoas.viram verdades.Quem mora ou morou fora da Bahia sabe muito bem do que estou falando.
A Bahia não é isso e precisa mostrar para o Brasil o quãaonto significativos são seus valores perante a história de nosso país, como nossa Independência em 2 de julho de 1923, quase um ano após a Independência do Brasil que ocorreu em 7 de setembro de 1922. Fora da Bahia as pessoas achamgraça quando falamos que 2 de julho é feriado na Bahia porque é a comemoração da nossa independência. Eles dizem: “é mais um dia para não trabalhar”,ou “ baianos são tão devagar que a independência   chegou lá com um ano de atraso.”Transcrevo a seguir o que diz Paulo Costa Lima sobre o assunto: Poucas pessoas fora da Bahia conhecem a força do 2 de julho. É uma falha enorme de informação histórica, pois trata-se do processo de independência do Brasil, e não da independência da Bahia, como até hoje muita gente fala. Uma coisa é dar o grito do Ipiranga, outra coisa é garantir pleno domínio sobre o território nacional. Entre as duas pontas, uma guerra. A guerra da Bahia, onde brilhou o heroísmo popular, além de lideranças como Labatut, Lima e Silva, João das Botas, Maria Quitéria, entre tantos outros.”
Este é um exemplo emblemático que serve como ilustração do descaso com os nossos traços históricos. Não há dúvida,isto resulta da falta de cuidado com a coisa pública e especialmente com nossos valores mais simbólicos que tanto nos orgulham.
Como forma de contribuiçãopara que a nossaidentidade cultural não fique vulnerável aos interesses ou ao abandono dos mandatários políticos, sugiro aos governos da Bahia, inclusive o atual, o seguinte:
·         Reflexão,urgente, sobre a forma como  tem sido conduzida a cultura em nosso Estado, ao longo dos anos, envolvendotodos os seus colaboradores tendo como objetivo final  um consistente trabalho de ausculta e captação dos nossos valores culturais por todos os municípios e seus respectivos distritos, sob a forma de um diagnóstico;

·         Com base no diagnóstico, elaborar documento para aprovação pela Assembléia Legislativa, contando entre outros com as seguintes medidas a serem vigoradas a partir de agora: a) – que a cultura da Bahia seja tratada com base em políticas de Estado definidas e aprovadas e não mais sujeitas apenasaos ditames dos mandatários eleitos; b)que nossa identidade cultural prevaleça e, portanto, seja protegida, divulgada, respeitada e identificada como patrimônio do Estado da Bahia e do Brasil.

   Vitória da Conquista, 1715/07/2012.

(*) José Cândido Oliveira Silva é economista
jcandidoos@terra.com.br